Databricks capta US$ 1 bi para banco de dados de IA
Databricks capta US$ 1 bi para banco de dados de IA
Databricks capta US$ 1 bi para banco de dados de IA em uma rodada primária que avalia a companhia em US$ 100 bilhões, segundo fontes próximas à transação. O aporte de cerca de US$ 1 bilhão foi amplamente disputado, mas a empresa optou por não vender participação adicional porque não precisa de caixa para as operações cotidianas.
Databricks capta US$ 1 bi para banco de dados de IA
O novo investimento foi co-liderado pela Thrive Capital e pela Insight Partners, que já encabeçaram a captação anterior. Com isso, a Databricks soma aproximadamente US$ 20 bilhões levantados desde a fundação, em 2013. A startup havia batido recorde em janeiro de 2025 ao captar US$ 10 bilhões a um valuation de US$ 62 bilhões; o recorde foi superado dois meses depois pela OpenAI.
Diferentemente das duas rodadas secundárias oferecidas a funcionários em 2025 — quando eles puderam vender até 60 % de suas ações —, o financiamento atual não incluiu venda de participações internas. Segundo fontes, nem todos os limites dos programas anteriores foram atingidos, indicando que muitos colaboradores preferiram manter seus papéis.
Lakebase mira mercado de US$ 105 bi
O CEO e cofundador Ali Ghodsi afirma que o dinheiro será aplicado em dois projetos: o banco de dados Lakebase e a plataforma de agentes de IA Agent Bricks, ambos lançados em junho. Baseado no PostgreSQL e concorrente direto do Supabase, o Lakebase separa computação de armazenamento para permitir que agentes de IA criem múltiplos bancos de dados de forma econômica.
Ghodsi estima que o mercado de bancos de dados represente US$ 105 bilhões e pouco mudou em quatro décadas, dominado por gigantes como Oracle. “Há um novo usuário: o agente de IA. Se focarmos nesse perfil, podemos romper esse mercado”, disse em entrevista ao TechCrunch. Levantamento interno mostra que, há um ano, 30 % dos novos bancos eram criados por agentes; hoje o índice já chega a 80 % e pode alcançar 99 % em 12 meses.
Agentes de IA para tarefas corporativas
O segundo foco é o Agent Bricks, plataforma que pretende automatizar tarefas rotineiras, como integração de novos funcionários ou respostas personalizadas sobre benefícios de RH. “Empresas não precisam de gênios matemáticos; precisam de sistemas que executem processos de forma autônoma”, explica o executivo.

Imagem: Internet
Parte do capital também será destinada à disputa por talentos em IA, cujos salários têm disparado. “Contratar especialistas está caríssimo”, reconhece Ghodsi.
Com o reforço financeiro, a Databricks planeja disponibilizar o Lakebase para todos os clientes já nos próximos meses e acelerar o desenvolvimento do Agent Bricks, ampliando sua presença entre grandes organizações que procuram simplificar a gestão de dados e processos internos.
Quer acompanhar mais movimentações de capital e novidades tecnológicas? Visite nosso caderno de Economia e Negócios e fique por dentro das últimas análises.
Crédito da imagem: TechCrunch