Corte de juros do Fed põe rali de US$14 tri à prova
Corte de juros do Fed põe rali de US$ 14 trilhões à prova. A reunião de política monetária marcada para quarta-feira (17) promete ser decisiva para o mercado acionário, que acumula forte valorização desde abril à espera de uma redução de 25 pontos-base nas taxas norte-americanas.
Impulsionado por essa expectativa, o S&P 500 avança 32% desde as mínimas do ano. Dados da Ned Davis Research mostram que, historicamente, o índice sobe em média 15% no ano seguinte à retomada dos cortes após uma pausa de pelo menos seis meses, superando o ganho de 12% observado em ciclos comuns.
Corte de juros do Fed põe rali de US$14 tri à prova
Os investidores, porém, avaliam sinais mistos: embora a atividade permaneça resiliente e os lucros corporativos sólidos, o desemprego alcançou o maior nível desde 2021. O gráfico de pontos e as declarações do presidente Jerome Powell serão examinados para confirmar se os 150 pontos-base de afrouxamento já precificados para 2025 se concretizarão.
A história sugere comportamentos distintos. Nos ciclos em que o Fed realizou apenas um ou dois cortes, setores cíclicos — como financeiro e industrial — lideraram os retornos. Quando mais de quatro cortes foram necessários, saúde e bens de consumo básicos se destacaram. “Estamos em um momento único: tudo depende de quão rápido e quanto o Fed cortará”, resume Stuart Katz, da Robertson Stephens.
Estrategicamente, gestoras como GoalVest Advisory mantêm posições em gigantes de tecnologia, enquanto a XY Planning Network prefere ações de média capitalização, que costumam superar grandes e pequenas empresas após o início do afrouxamento monetário. Já o índice Russell 2000, de small caps, sobe 7,5% no ano, ante quase 12% do S&P 500.
Imagem: Internet
Apesar do otimismo, uma desaceleração mais brusca pode deslocar recursos para apostas defensivas. Dados recentes de preços ao produtor, mais fracos que o previsto, aliviaram temores de inflação persistente, mas o risco de “pouso forçado” da economia segue no radar.
Em síntese, o encontro do Fed determinará se o rali de US$ 14 trilhões mantém fôlego ou muda de direção. Acompanhe outras análises em nossa editoria de Economia e Negócios e fique por dentro dos próximos desdobramentos.
Crédito da imagem: Bloomberg
