Citi recomenda compra do Banco do Brasil e eleva preço-alvo

Citi recomenda compra do Banco do Brasil e eleva preço-alvo

Citi recomenda compra do Banco do Brasil após reavaliar as perspectivas da estatal e projetar que o terceiro trimestre marcará o ponto mais baixo da rentabilidade. O banco de investimento mudou a recomendação de neutra para compra e elevou o preço-alvo das ações de R$ 22 para R$ 29, sugerindo potencial de alta de 32,2%.

No relatório, os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi apontam que o custo de risco deve atingir o pico entre julho e setembro, com despesas de provisão estimadas em R$ 16,4 bilhões. Para eles, o mercado já precificou esse impacto, abrindo espaço para ganhos a partir do quarto trimestre.

Citi recomenda compra do Banco do Brasil e eleva preço-alvo

O otimismo do Citi contrasta com casas como XP Investimentos, Santander e Itaú BBA, que mantêm recomendação neutra, e com o Bank of America, que indica venda. Mesmo assim, o Citi ajustou para cima as projeções de lucro: R$ 20,4 bilhões em 2025 (1% acima da estimativa anterior) e R$ 29,4 bilhões em 2026, cifra 9% superior ao consenso de mercado.

Medidas do governo reduzem risco de crédito

Os analistas destacam iniciativas recentes que aliviam a inadimplência no agronegócio, segmento responsável por 7% da carteira de crédito em estágio três. Entre elas estão a Medida Provisória que libera R$ 12 bilhões para renegociação de dívidas rurais e a Resolução 5.244 do Conselho Monetário Nacional, que autoriza a reclassificação antecipada de empréstimos de longo prazo, desde que o devedor comprove capacidade de pagamento por 90 dias.

De acordo com o Banco Central, a antecipação da reclassificação pode melhorar os índices de capital das instituições financeiras, fator relevante para o Banco do Brasil diante de uma posição de capital mais apertada que a média do setor.

Desempenho em bolsa permanece pressionado

Apesar da mudança de recomendação, as ações do BB fecharam o pregão de 17 de setembro em queda de 0,32%, cotadas a R$ 21,87. No acumulado de 2025, a baixa é de 8,57%, reduzindo o valor de mercado a R$ 124,8 bilhões.

Para o Citi, essa desvalorização cria “assimetria de valuation” a ser capturada. O relatório afirma que “o pior já ficou para trás” e que a normalização do custo de risco sustentará a recuperação de rentabilidade a partir de 2024.

Em resumo, a combinação de provisões já refletidas no preço, apoio de políticas públicas e expectativa de lucros acima do consenso levou o Citi a adotar uma visão mais otimista para o Banco do Brasil.

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Crédito da imagem: NeoFeed

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