Ciberataque na Jaguar Land Rover pode custar US$ 4,7 bi

Ciberataque na Jaguar Land Rover pode custar US$ 4,7 bi

Ciberataque na Jaguar Land Rover pode custar US$ 4,7 bi é o cenário traçado por analistas após a ofensiva de hackers que, desde o fim de agosto, mantém as principais fábricas da montadora britânica totalmente paralisadas.

Os especialistas calculam que a interrupção pode subtrair até 3,5 bilhões de libras esterlinas — cerca de US$ 4,7 bilhões — da receita anual da companhia controlada pela indiana Tata Motors, caso as linhas de montagem não sejam retomadas antes de novembro.

Ciberataque na Jaguar Land Rover pode custar US$ 4,7 bi

Na última terça-feira, 16 de setembro, a empresa informou que as plantas de Halewood e Solihull permanecerão fechadas, ao menos, até 24 de setembro. “A investigação forense ainda está em curso, e o reinício controlado das operações globais exigirá tempo”, diz nota oficial.

Maior montadora do Reino Unido e responsável pelos modelos Land Rover, Range Rover e Jaguar, a companhia garante não haver indícios de que dados de clientes tenham sido violados. Mesmo assim, a paralisação impacta toda a cadeia. De acordo com o jornal britânico The Guardian, fornecedores em vários países já sentem o baque; uma parceira demitiu 40 empregados, metade de sua equipe, segundo a BBC.

O professor David Bailey, da Universidade de Birmingham, projeta que, se a produção não voltar até novembro, o resultado final do exercício pode encolher em 250 milhões de libras esterlinas (US$ 340,1 milhões). A Jaguar Land Rover faturou 29 bilhões de libras no ano fiscal anterior.

O incidente ocorre em momento delicado: os Estados Unidos impuseram tarifa adicional de 25% sobre veículos britânicos, levando a montadora a suspender temporariamente as vendas no país. No primeiro trimestre do exercício 2026, encerrado em 30 de junho, o lucro já havia caído 50,6%, para 248 milhões de libras, enquanto a receita recuou 9,2%, para 6,6 bilhões de libras.

Sindicatos como o Unite cobram que o governo apoie pequenas e médias empresas fornecedoras durante o período sem produção. A preocupação central é o tempo necessário para restaurar sistemas e reativar as linhas de montagem, à luz de casos recentes em que empresas levaram semanas para voltar ao normal após ciberataques.

Em resumo, o ciberataque expõe fragilidades operacionais, pressiona receitas e reforça a urgência de protocolos de segurança digital mais robustos. Para acompanhar outras análises sobre os impactos econômicos de crises corporativas, acesse a editoria de Economia e Negócios e fique por dentro.

Crédito da imagem: Divulgação/Jaguar Land Rover

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