Capitânia CPLG11 zera dívida e prepara novos investimentos
Capitânia CPLG11 zera dívida e prepara novos investimentos após confirmar a venda de três centros logísticos que somam R$ 588 milhões. A operação permitirá extinguir a alavancagem do fundo, hoje em R$ 194 milhões, distribuir dividendos robustos e abrir espaço para um novo ciclo de aquisições.
Os ativos alienados incluem 43,82% do CPLG Meli Curitiba, negociado por R$ 208 milhões com a TRX Investimentos, além dos complexos CPLG Osasco e CPLG Mauá, cedidos por R$ 380 milhões a um comprador não revelado. O lucro total estimado é de R$ 72,7 milhões, a ser repassado aos cotistas nos próximos 24 meses.
Capitânia CPLG11 zera dívida e prepara novos investimentos
Com a transação, resta no portfólio apenas o CPLG Emigrantes, galpão AAA em São Bernardo do Campo, no entroncamento do Rodoanel com a rodovia dos Imigrantes. Segundo Gabriel Martins, gestor do fundo, a estratégia permanece intacta: reciclar capital em projetos logísticos de alta liquidez, voltados ao avanço do e-commerce.
Os recursos livres, calculados em cerca de R$ 400 milhões, serão direcionados a ativos entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões, faixa considerada ideal por não restringir compradores na futura saída. “Estamos em um mercado com baixa liquidez; ter caixa agora é vantagem competitiva”, resume Martins.
A Capitânia avalia projetos em Salvador, Belo Horizonte e cidades do Sul, mas mantém como critério inegociável a facilidade de desinvestimento. O gestor afirma que, até hoje, todos os empreendimentos foram vendidos sem concessões de preço.
Especialistas de mercado, como os consultores ouvidos pelo Valor Econômico, destacam que o movimento reforça a disciplina financeira do setor diante de juros ainda elevados.
Imagem: Internet
No ano, as cotas do fundo registram alta de 10,8%, acumulando 15,11% em 12 meses, com valor de mercado de R$ 418,7 milhões. A gestão projeta dividend yield superior a 14% anuais durante o período de distribuição dos lucros obtidos.
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Crédito da imagem: NeoFeed
