Buraco coronal no Sol mantém ventos solares fortes na Terra
Buraco coronal no Sol segue liberando uma corrente de vento solar que atinge a Terra desde o último domingo (14), mantendo a atividade geomagnética em níveis elevados e gerando auroras em latitudes incomuns. A velocidade das partículas, inicialmente medida em 760 km/s, permanece entre 600 e 700 km/s, segundo a plataforma Spaceweather.com.
O fenômeno foi detectado pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO), da NASA, entre 8 e 11 de setembro. Durante o período, a abertura na coroa solar ganhou formato que lembra uma “borboleta gigante” e alcançou cerca de 500 mil quilômetros de extensão — espaço suficiente para alinhar quase 40 Terras.
Buraco coronal no Sol mantém ventos solares fortes na Terra
Nessas regiões escuras, conhecidas como buracos coronais, as linhas de campo magnético se abrem e permitem o escape do plasma, formando o vento solar. Quando o fluxo intenso alcançou o planeta, provocou uma tempestade geomagnética de categoria G3 (forte) no domingo. A NOAA alertou para possíveis falhas em satélites, aumento de arrasto em órbitas baixas e interferências em sistemas de radionavegação.
Apesar do enfraquecimento para G1 na noite de segunda-feira (15), especialistas indicam que breves surtos podem persistir até meados desta terça (16). Auroras já foram registradas no norte dos Estados Unidos, em quase todo o Reino Unido e em áreas do Canadá onde o fenômeno não é comum.
A proximidade do equinócio de setembro, que ocorre no dia 22, favorece o chamado efeito Russell-McPherron. O alinhamento do eixo terrestre com a órbita facilita a conexão entre os campos magnéticos da Terra e do Sol, dobrando a incidência de tempestades geomagnéticas nesta época em comparação com os solstícios, mostram dados históricos coletados entre 1932 e 2014.

Imagem: NASA
Tempestades intensas podem afetar redes elétricas e comunicações, mas também oferecem um espetáculo visual: as auroras boreal e austral. O monitoramento contínuo do SDO e de plataformas como a NASA ajuda a prever impactos e reduzir riscos para infraestrutura crítica.
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Crédito da imagem: NASA/SDO