Brasília vira polo da música instrumental com Clube do Choro
Brasília vira polo da música instrumental com Clube do Choro
Brasília vira polo da música instrumental com Clube do Choro ao transformar o legado roqueiro dos anos 1980 em uma cena vibrante de choro e jazz que ocupa avenidas, escolas e palcos da capital federal.
Trajetória histórica do choro na capital
Brasília surgiu já aberta a novas sonoridades. Desde a inauguração, em 1960, saraus patrocinados por Juscelino Kubitschek trouxeram nomes como Pixinguinha e Jacob do Bandolim. A ausência de uma “velha guarda” local permitiu, segundo músicos, um estilo próprio, onde tradição e modernismo convivem.
Clube do Choro e papel de Reco do Bandolim
Fundado em 1997 por Reco do Bandolim, o Clube do Choro tornou-se o epicentro desta evolução. O espaço cresceu de duas salas improvisadas para um complexo que já formou mais de mil alunos e recebe artistas de todo o mundo. Em 2023, o local ganhou notoriedade internacional ao receber um show surpresa de Paul McCartney para apenas 400 convidados, fato que reforçou a importância do choro brasiliense.
Formação acadêmica impulsiona talentos
A consolidação da música instrumental em Brasília também passa pela Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, pela Escola de Música de Brasília e pela Universidade de Brasília. O violonista Henrique Neto destaca que a mistura de estudantes de diferentes regiões “desvendou uma forma própria de tocar”. Foi nesse ambiente que surgiram nomes como Hamilton de Holanda e Gabriel Grossi.
Agenda cheia e público diversificado
De segunda a domingo, há rodas de choro, jam sessions e apresentações ao ar livre no Eixão. Mesmo com a lei do silêncio que limita bares menores, a multi-instrumentista Jéssica Carvalho aponta que “há shows todos os dias da semana”, fenômeno que descentraliza a oferta cultural para além do Plano Piloto.

Imagem: Divulgação
Influência reconhecida nacionalmente
O interesse cresce fora do Distrito Federal. Reportagem da BBC já destacou o protagonismo do choro brasiliense, citando a combinação de planejamento urbano modernista com nostalgia musical como motor criativo.
Com programação contínua e ensino gratuito ou acessível, Brasília consolida-se como referência quando o assunto é choro e jazz. Para acompanhar outras pautas sobre cultura, visite a seção Entretenimento & Lifestyle e fique por dentro das novidades.
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