Brasil Soberano pode ser prorrogado, diz ministro
Brasil Soberano pode ser prorrogado, diz ministro
Programa Brasil Soberano pode ter sua duração ampliada além dos 180 dias iniciais, caso as sobretaxas impostas pelos Estados Unidos continuem a afetar as exportações de alimentos brasileiros, declarou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Brasil Soberano pode ser prorrogado, diz ministro
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (25), Teixeira afirmou que o governo federal “prorrogará a Medida Provisória se for preciso”. A MP nº 1.309, publicada em 13 de março no Diário Oficial da União, criou o Plano Brasil Soberano como resposta às tarifas adotadas pelo governo do presidente norte-americano Donald Trump.
Válida por 180 dias a partir da publicação, a MP precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para não perder efeito. Caso o impacto das tarifas persista, o Executivo pretende estender o prazo. “A validade dessa medida é o tempo necessário para a solução definitiva do tema”, disse o ministro, confiante na adesão dos parlamentares.
O Brasil Soberano reúne um pacote de ações de socorro a empresas exportadoras, fornecedores e trabalhadores prejudicados. Entre elas, destaca-se a autorização para que União, estados e municípios comprem, sem licitação e por até 180 dias, alimentos que deixarem de ser embarcados.
Portaria interministerial já definiu itens como açaí, água de coco, castanha-de-caju, castanha-do-Brasil, mel, manga, pescados e uva. A lista pode ser atualizada a qualquer momento para atender a escolas, hospitais e outros órgãos públicos que mantêm restaurantes próprios, bem como para formação de estoques.
Outra frente do programa é a destinação de R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) a linhas de crédito especiais. O texto também altera regras do seguro de crédito à exportação e prorroga a suspensão de tributos incidentes sobre operações afetadas pelas sobretaxas.
Segundo Teixeira, a iniciativa será “monitorada cotidianamente” em parceria com estados e municípios para evitar perdas. Ele acredita que o Congresso “tem simpatia” pela proposta, pois dialoga com a economia agrícola de diversas regiões e com o produtor familiar.

Imagem: Internet
Para mais detalhes sobre o conteúdo da MP, consulte a cobertura da Agência Brasil, veículo público de referência em informações governamentais.
O governo também avalia que, ao converter a MP em lei, o Legislativo poderá fixar um prazo superior ao previsto originalmente, garantindo proteção prolongada ao setor exportador.
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Crédito da imagem: Agência Brasil