Bolha da inteligência artificial: alerta de Sam Altman
Bolha da inteligência artificial: alerta de Sam Altman
Bolha da inteligência artificial: alerta de Sam Altman abre o debate sobre o ritmo frenético de investimentos em startups de IA, que vêm captando somas bilionárias mesmo com equipes mínimas e modelos de negócio ainda incipientes.
Valuations fora da curva preocupam o CEO da OpenAI
Em entrevista a um grupo de jornalistas, Sam Altman, cofundador e presidente-executivo da OpenAI, comparou a atual corrida por inteligência artificial à bolha das empresas de internet no fim dos anos 1990. “Pessoas inteligentes ficam superexcitadas quando há um fundo de verdade”, disse o executivo, segundo o portal norte-americano The Verge. Para Altman, o entusiasmo é legítimo, mas a precificação de algumas companhias — “três pessoas e uma ideia” — beira o irracional.
O executivo lembrou que “alguém vai se queimar” à medida que rodadas com valuations elevados se multipliquem. Apesar do alerta, a própria OpenAI foi avaliada em US$ 300 bilhões em março, após captar US$ 40 bilhões liderados pelo SoftBank. Outras empresas fundadas por ex-membros da casa também surfam a maré: a Safe Superintelligence, de Ilya Sutskever, já levantou R$ 3 bilhões em um ano, enquanto a Thinking Machines Lab, criada por Mira Murati, captou US$ 2 bilhões em apenas seis meses.
Ganhos e perdas: cenário de incerteza
Altman avalia que “muita gente vai perder e muita gente vai ganhar uma quantia fenomenal de dinheiro”, mas projeta um “enorme ganho líquido para a economia” no longo prazo. Ele prevê que a OpenAI precisará investir “trilhões de dólares” em data centers, movimento que — na visão do CEO — gerará debates intensos entre economistas sobre custo e retorno.
Especialistas de mercado compartilham a apreensão. Torsten Slok, economista-chefe da Apollo Global Management, divulgou relatório em julho dizendo que a bolha atual da IA pode ser maior que a da internet. Já Ray Wang, analista da Futurum Group, afirmou à CNBC que os fundamentos da cadeia de suprimentos de semicondutores seguem sólidos, mas reconheceu a presença crescente de capital especulativo em projetos com bases frágeis.

Imagem: Internet
O que vem depois da euforia?
Para analistas, o caminho de maturação da tecnologia dependerá da prova de valor real em produtividade e receita. Enquanto isso, investidores revivem a velha máxima das bolhas: distinguir inovações sustentáveis de apostas explosivas, mas vazias. Altman conclui que, embora o risco exista, as oportunidades de transformação econômica tornam inevitável a alocação de grandes recursos em inteligência artificial.
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Crédito da imagem: NeoFeed