Bluesky ultrapassa 30 milhões de usuários e reforça disputa com X (ex-Twitter)
O Bluesky, rede social descentralizada idealizada por Jack Dorsey e operando sobre o protocolo aberto AT, superou a marca de 30 milhões de usuários em fevereiro de 2025. O avanço ganhou força após mudanças polêmicas no X, como a alteração no recurso de bloqueio e a permissão para que postagens públicas sejam usadas no treinamento de sistemas de inteligência artificial.
Como funciona a plataforma
Lançado ao público em 2023, o Bluesky apresenta interface semelhante à do antigo Twitter. Publicações de até 256 caracteres podem incluir fotos, ser respondidas, curtidas ou “repostadas”. O aplicativo oferece um feed inicial personalizado (Discover), possibilidade de criar algoritmos próprios (custom feeds) e, mais recentemente, suporte a mensagens diretas individuais com reações em emoji.
Usuários podem transformar um domínio próprio em nome de perfil — exibido no formato @usuario.seudominio — e contam com recursos de moderação clássicos, como bloqueio que impede completamente a visualização dos conteúdos por contas bloqueadas.
Estrutura descentralizada
Diferentemente do X, o Bluesky adota um modelo federado. Assim que a federação for liberada, comunidades independentes poderão operar servidores baseados no mesmo protocolo, permitindo que usuários migrem entre instâncias sem perder seguidores ou histórico.
Gestão e financiamento
Desde 2021, a rede é administrada pela public benefit corporation Bluesky, agora liderada pela CEO Jay Graber. Em novembro de 2024, a empresa captou US$ 15 milhões em uma rodada Série A com o objetivo de desenvolver serviços premium. Um deles, apelidado de “Bluesky+”, deve oferecer envio de vídeos em qualidade superior e opções avançadas de personalização de perfil.
Principais diferenciais frente ao X
- Bloqueio tradicional: contas bloqueadas não veem perfis ou postagens, em contraste com a nova política anunciada por Elon Musk.
- Política de IA: a companhia afirma não usar conteúdo público para treinar modelos de inteligência artificial.
- Código aberto: todo o desenvolvimento do protocolo AT é público, garantindo transparência e incentivo à criação de aplicativos de terceiros.
Moderação e segurança
O Bluesky ampliou a equipe de moderação para cerca de 100 profissionais após registrar crescimento acelerado e aumento de 17 vezes nas denúncias em 2024. A plataforma lançou ainda o “Ozone”, ferramenta que permite a qualquer usuário ou grupo administrar serviços de moderação independentes.

Imagem: techcrunch.com
Embora compartilhe a arquitetura descentralizada do Mastodon, o Bluesky busca se diferenciar pela experiência de uso mais simples. Entre os próximos passos estão um recurso de Tópicos em Alta e o aplicativo de compartilhamento de fotos Flashes.
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Com informações de TechCrunch