BlackRock lança 29 novos ETFs e mira alta de mercado
BlackRock lança 29 novos ETFs no Brasil e reforça a aposta na expansão desse tipo de investimento, que hoje representa apenas 0,57% da indústria de fundos local, com patrimônio de R$ 57,33 bilhões.
Os produtos foram listados em 15 de setembro na B3, por meio de BDRs, e elevam para 181 o total de fundos globais oferecidos pela gestora no País. Dos lançamentos, 28 têm foco em renda variável — 19 voltados a mercados específicos como Itália, Holanda, Emirados Árabes, Filipinas e Israel — e um é de renda fixa.
BlackRock lança 29 novos ETFs e mira alta de mercado
Cristiano Castro, diretor de desenvolvimento de negócios da BlackRock Brasil, afirmou que o número de investidores pode “ao menos triplicar, talvez quadruplicar” nos próximos cinco anos, impulsionado por custos menores e maior transparência. Atualmente, 640 mil brasileiros detêm ETFs, pouco mais de 10% dos 6,11 milhões que investem em ações.
A mudança de nomenclatura anunciada pela B3 também deve contribuir para a popularização: BDRs de ETFs passam a ser chamados de “ETFs globais”, enquanto os listados diretamente na bolsa brasileira serão “ETFs locais”. Segundo Thalita Forne, superintendente de produtos de equities da B3, a eficiência e o baixo custo dos fundos são estímulos naturais à migração.
O avanço do modelo fee based nas assessorias de investimento é outro vetor. Presentes em apenas 5% do mercado brasileiro, essas carteiras sem rebate podem chegar a 25% até 2030, tendência que favorece ETFs por não pagarem comissões. Nos EUA, esse formato já soma 65% do setor.
BlackRock e B3 também firmaram parcerias para capacitar profissionais e disseminar conteúdo educacional. Entre as iniciativas estão módulos obrigatórios sobre ETFs nas certificações de assessores e um programa de incentivo às corretoras, com remuneração ligada ao crescimento do volume negociado em fundos — medidas descritas pela B3 (veja detalhes no site oficial da B3).

Imagem: Internet
A gestora mantém cautela no lançamento de ETFs locais de renda fixa, apesar de reconhecer potencial no segmento. Segundo Castro, o investidor brasileiro ainda se adapta à marcação a mercado e às oscilações diárias de preço desses ativos.
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Crédito da imagem: Reprodução/NeoFeed