Bitget mira joint venture para crescer na América Latina
Bitget mira joint venture para crescer na América Latina
Bitget mira joint venture para crescer na América Latina. A corretora de criptomoedas, que movimenta cerca de US$ 5 bilhões por dia, procura fintechs e bancos digitais na região para formar uma parceria estratégica e acelerar sua expansão.
Bitget mira joint venture para crescer na América Latina
Sediada em Seychelles, a Bitget figura entre as cinco maiores plataformas globais de criptoativos segundo a CoinGecko. Em entrevista exclusiva, a CEO global Gracy Chen afirmou que as negociações com empresas latino-americanas incluem “fintechs e neobancos”, e não se limitam a companhias do setor cripto.
Desde 2023, após receber aporte de US$ 10 milhões da Dragonfly Capital, a Bitget acelera sua presença mundial. No segundo trimestre de 2025, o número de contas cadastradas saltou para 120 milhões—cinco vezes mais que no fim de 2023 e 20 % acima do mesmo período de 2024.
A América Latina tornou-se foco prioritário. No primeiro semestre, os usuários ativos na região cresceram 63,3 %, e o volume de negociações avançou 159 % em comparação anual. Brasil, Argentina, Colômbia e México concentram a maior parte dessa expansão, com destaque para o mercado brasileiro: alta de 173 % no número de clientes e de 404 % em valores transacionados.
Para atrair consumidores, a companhia lançou em agosto um cartão de débito pré-pago atrelado à stablecoin USDC. O produto permite gastos em dólar sem taxa e, nas demais moedas, cobra conversão de 1,7 %. A oferta já está disponível no Brasil e deve chegar em breve a Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Guatemala.
Outra medida para consolidar a operação foi a nomeação, em fevereiro, de Guilherme Prado como primeiro country manager no Brasil. Ex-executivo da Bybit, Prado tem a missão de ampliar a base de varejo e, sobretudo, conquistar clientes institucionais, considerados estratégicos para aumentar liquidez local.

Imagem: Internet
Apesar do ritmo acelerado, a Bitget ainda compete com players estabelecidos, como Mercado Bitcoin, Foxbit, Ripio e Bitso. Segundo Chen, porém, o crescimento sustentado e a personalização de serviços regionais colocam a empresa em posição de disputar a liderança no médio prazo.
Quer acompanhar mais notícias sobre fintechs e mercado cripto? Visite a editoria de Economia e Negócios e continue informado.
Crédito da imagem: NeoFeed