Banco do Brasil: lucro despenca e ação reage em alta

Banco do Brasil: lucro despenca e ação reage em alta

Banco do Brasil: lucro despenca e ação reage em alta

Banco do Brasil: lucro despenca e ação reage em alta marcou a abertura do pregão desta sexta-feira (15), quando o banco estatal divulgou queda de 60% no lucro do 2º trimestre, para R$ 3,8 bilhões. Apesar do número fraco, os papéis BBAS3 oscilaram e fecharam em alta de cerca de 4%, reduzindo parte da perda de mais de 14% acumulada em 2024.

Volatilidade acentua debate sobre BBAS3

Na esteira do balanço, analistas divergem sobre o futuro da ação. Compilação da LSEG mostra 3 recomendações de compra, 7 de manutenção e 1 de venda entre 11 casas que cobrem o ativo. A Ativa Research cortou sua indicação de compra para neutro, citando “resultado muito fraco” e provisões maiores na carteira de agronegócio após a Resolução CMN 4.966/21.

Projeções revisadas e dividendos menores

No release de resultados, o banco reduziu a estimativa de lucro anual para R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões, bem abaixo da faixa anterior de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões. A provisão para devedores duvidosos (PDD) foi elevada para R$ 53-56 bilhões, e o payout de dividendos encolheu para 30% do lucro líquido, implicando dividend yield de 5,5% a 6,5% ao preço atual.

Casas mantêm cautela diante da inadimplência

XP, BTG Pactual, Morgan Stanley, JPMorgan, Goldman Sachs, Itaú BBA e Genial Investimentos reiteraram recomendação neutra. A XP pondera que a inadimplência segue elevada em julho, dificultando prever o ponto de inflexão. Para o BTG, BBAS3 negocia a 0,63 vez o valor patrimonial, múltiplo baixo que, ainda assim, não justifica otimismo diante da “recuperação em ritmo de escada”.

Visões de médio prazo mais otimistas

Na ponta positiva, a Eleven Financial mantém compra, entendendo que o preço atual já reflete grande parte dos riscos. O analista Malek Zein admite que 2025 pode ser o pior ano em duas décadas em termos de ROE, mas projeta retorno sobre capital acima do custo a partir de 2027. Para ele, múltiplos abaixo de 0,7 vez o patrimônio histórico representam ponto de entrada interessante.

Gestão indica melhora só no fim do ano

Em teleconferência, a CEO Tarciana Medeiros informou que o terceiro trimestre seguirá pressionado pela inadimplência no agronegócio, com recuperação prevista apenas para o quarto trimestre. Segundo levantamento da Reuters, o mercado precifica 93% de chance de corte de 25 pontos-base na taxa básica dos EUA em setembro, fator que pode influenciar o apetite por risco em emergentes.

Em resumo, o Banco do Brasil enfrenta curto prazo desafiador, mas parte dos analistas vê valor na ação aos preços atuais. Para acompanhar outros desdobramentos do setor financeiro, visite nossa editoria de Economia e Negócios e continue bem informado.

Crédito da imagem: Banco do Brasil/Divulgação

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