Balanços do 2º trimestre surpreendem e superam previsões

Balanços do 2º trimestre surpreendem e superam previsões

Balanços do 2º trimestre surpreendem e superam previsões

Balanços do 2º trimestre surpreendem e superam previsões na análise da XP Investimentos, que avaliou 160 companhias brasileiras entre abril e junho e observou resultados mais fortes do que o mercado projetava.

Lucro líquido lidera as surpresas positivas

De acordo com o relatório, 57% das empresas investigadas apresentaram lucro acima das estimativas, 17% ficaram em linha e 26% decepcionaram. O movimento foi acompanhado por avanço anual de 22,5% no lucro líquido consolidado, enquanto a receita agregada cresceu 7,8% em relação ao segundo trimestre de 2024.

No recorte de receita, 32% superaram as projeções, 52% ficaram dentro do esperado e 16% ficaram abaixo. Para o Ebitda, o placar foi semelhante: 32% acima, 53% em linha e 15% abaixo.

Mercado reage de forma modesta

Apesar dos números sólidos, a Bolsa brasileira não acompanhou o ritmo. Entre 2 de julho e 20 de agosto, o Ibovespa recuou 3,16% em reais (3,86% em dólares), ao passo que o índice global MSCI ACWI avançou 2,75% em dólares. Na média simples, as ações do índice registraram leve alta de 0,41% durante a temporada; surpresas positivas renderam ganho médio de 1,32%, enquanto decepções geraram perda de 0,50%.

O recuo do Ibovespa em julho interrompeu cinco meses consecutivos de ganhos, influenciado pela escalada de tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, que impuseram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, e por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.

Setores em destaque

A maioria dos segmentos superou as expectativas, com menção honrosa às construtoras de baixa renda e ao saneamento. Cury e Direcional foram beneficiadas pela demanda aquecida e pelos subsídios do programa Minha Casa Minha Vida. No saneamento, a Sabesp se destacou graças a uma recuperação tarifária mais rápida entre grandes clientes, enquanto a Orizon mostrou resiliência em gate fees, volumes estáveis e monetização de créditos de carbono.

Na contramão, o setor financeiro ficou aquém, puxado pelo Banco do Brasil. O banco estatal viu queda de lucro, ROE reduzido, revisão de guidance e corte de dividendos, impactado pelo desempenho de sua carteira agro.

Projeções ajustadas para 2025 e 2026

Mesmo com o trimestre acima do esperado, a XP reduziu suas projeções de lucro por ação em 3,25% para 2025 e 3,31% para 2026. A decisão reflete o aumento da percepção de risco político e sinais de desaceleração econômica, evidenciados pelos dados mais fracos de vendas no varejo.

Os números mostram que o desempenho corporativo continua robusto, mas fatores externos têm limitado a valorização das ações. Para acompanhar mais análises sobre mercado e empresas, visite nossa editoria de Economia e Negócios e fique por dentro dos próximos balanços.

Crédito da imagem: NeoFeed

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