Ataque ao Hospital Nasser em Gaza deixa ao menos 20 mortos
Ataque ao Hospital Nasser em Gaza deixa ao menos 20 mortos
Ataque ao Hospital Nasser em Gaza deixa ao menos 20 mortos após dois bombardeios israelenses na segunda-feira (21). O episódio atingiu o maior hospital do sul da Faixa de Gaza, um dos poucos que ainda funcionam parcialmente durante o conflito.
Ataque ao Hospital Nasser em Gaza deixa ao menos 20 mortos
Testemunhas relataram que os disparos ocorreram em sequência, destruindo setores de atendimento e áreas externas da unidade localizada em Khan Younis. Entre as vítimas estão jornalistas que cobriam a rotina do hospital e profissionais de saúde que prestavam socorro a feridos do conflito.
Segundo autoridades locais, o número de mortos pode aumentar, já que equipes de resgate ainda procuram desaparecidos sob os escombros. Organizações humanitárias alertam para o colapso do sistema de saúde na região, que sofre com a escassez de medicamentos, combustível e leitos desde o início das hostilidades.
A reação internacional foi imediata. O secretário-geral das Nações Unidas afirmou que “deve haver justiça” e exigiu uma investigação independente sobre o ataque. A ONU classificou o incidente como “inadmissível” diante das leis de guerra que protegem instalações médicas.
Em discurso na segunda-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu o bombardeio como um “erro trágico”. No dia seguinte, o Exército israelense afirmou ter mirado “uma câmera posicionada pelo Hamas” nas proximidades do hospital, sem apresentar provas. A instituição militar prometeu apurar como a autorização para a ofensiva foi concedida.
Especialistas do BBC Verify analisaram vídeos do ataque e de seu desfecho para estabelecer uma linha do tempo dos acontecimentos. As imagens mostram fumaça densa sobre o complexo médico e equipes retirando feridos logo após a primeira explosão, seguida por um segundo impacto minutos depois.
Imagem: Internet
O caso intensificou os apelos por um cessar-fogo duradouro. Entidades de direitos humanos lembram que ataques anteriores a hospitais de Gaza permanecem sem responsabilização formal.
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Crédito da imagem: BBC News
