Ataque a hospital em Gaza: ONU cobra justiça de Israel
Ataque a hospital em Gaza: ONU cobra justiça de Israel
Ataque a hospital em Gaza: ONU cobra justiça de Israel abriu novo capítulo de tensão no conflito ao sul do enclave palestino. Duas investidas quase consecutivas da Força de Defesa de Israel (IDF) atingiram, na segunda-feira, o hospital Nasser, em Khan Younis, matando pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas e quatro trabalhadores da saúde, de acordo com autoridades locais.
Ataque a hospital em Gaza: ONU cobra justiça de Israel
O primeiro disparo feriu mortalmente um cinegrafista da Reuters que operava uma transmissão ao vivo em uma escadaria do prédio. Cerca de dez minutos depois, um segundo míssil explodiu no mesmo ponto, atingindo profissionais que prestavam socorro e outros repórteres. A sequência gerou forte condenação internacional.
Em Genebra, o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, Thameen al-Kheetan, afirmou que “é chocante e inaceitável” alvejar equipes de imprensa e de saúde, reiterando que “investigações precisam resultar em responsabilização”. Ele recordou que apurações anteriores sobre mortes em Gaza não produziram punições.
Horas depois, a IDF divulgou inquérito preliminar admitindo “lacunas” internas e alegando ter mirado “uma câmera posicionada pelo Hamas” para monitorar tropas israelenses. O documento, porém, não apresentou provas nem explicou o motivo do segundo ataque. O Exército sustenta que seis dos mortos seriam “terroristas” e nega ter tido como alvo profissionais da Reuters ou da Associated Press.
A posição contrasta com a declaração do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que classificou o ocorrido como “trágico erro”. Enquanto isso, protestos se espalharam por Tel Aviv, Jerusalém e outras cidades israelenses para pressionar o governo a aceitar um acordo de troca de reféns com o grupo palestino.
Além da escalada militar, cresce a crise humanitária. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 62,8 mil pessoas morreram desde outubro de 2023. Um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) confirmou a existência de fome em Gaza City, cenário que Israel contesta.

Imagem: Internet
Especialistas em direito internacional lembram que hospitais gozam de proteção específica em conflitos. Contudo, Tel Aviv sustenta que diversas unidades médicas são usadas pelo Hamas. A comunidade internacional exige investigações independentes e acesso irrestrito a áreas atingidas.
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Crédito da imagem: Anadolu via Getty Images