Ataque de drones ucranianos derruba 221 alvos na Rússia
Ataque de drones ucranianos deixou o espaço aéreo russo sob alerta na madrugada desta sexta-feira (data local), quando 221 aeronaves não tripuladas foram abatidas em nove regiões, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.
Mais da metade dos drones foi interceptada sobre Bryansk e Smolensk, ao sudoeste de Moscou, onde instalações da Lukoil teriam sido o alvo. Na região de Leningrado, autoridades afirmaram que 28 aparelhos foram derrubados e que um incêndio atingiu um navio no porto de Primorsk, maior terminal de petróleo do país, sendo contido sem vítimas nem vazamentos.
Ataque de drones ucranianos derruba 221 alvos na Rússia
Em território ucraniano, dois civis morreram na província de Sumy após a queda de uma bomba planadora russa em uma vila próxima à fronteira. Do lado russo, sete pessoas — cinco civis e dois militares — ficaram feridas quando um drone atingiu um ônibus em Bryansk. Embora destroços tenham sido registrados em várias áreas, Moscou sustenta que não houve outros feridos.
A ofensiva é tida como uma das maiores desde maio, quando a Rússia relatou destruir 524 drones em uma única noite. De acordo com dados divulgados pela BBC, ataques cruzados dessa natureza vêm se intensificando, com Kiev mirando refinarias, depósitos de combustível e centros logísticos a centenas de quilômetros da linha de frente. Washington estima que, só em agosto, 20% da capacidade russa de refino ficou fora de operação, contribuindo para filas de quilômetros e racionamento de gasolina no extremo oriente do país.
Analistas observam que a escalada ocorre às vésperas do exercício militar conjunto Zapad, realizado a cada quatro anos por Rússia e Belarus, e dias depois de drones russos violarem o espaço aéreo polonês, segundo Varsóvia. Enquanto isso, o Kremlin afirma que as negociações de paz estão “pausadas” por culpa dos aliados europeus de Kiev.
Imagem: Internet
Com o conflito alcançando novos patamares de alcance e impacto econômico, especialistas alertam que a disputa pelo controle dos céus se tornou fator decisivo para ambos os lados.
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Crédito da imagem: Getty Images
