Arqueologia Galáctica explica história do Universo

Arqueologia Galáctica explica história do Universo

Arqueologia Galáctica explica história do Universo

Arqueologia Galáctica explica história do Universo: Arqueologia galáctica, ramo da astronomia dedicado a analisar fósseis cósmicos presentes em estrelas e galáxias, ganhou destaque no Programa Olhar Espacial da última sexta-feira (22), quando a cosmóloga Arianna Cortesi detalhou como o método reconstrói a evolução do cosmos.

Arqueologia Galáctica explica história do Universo

Cortesi, professora do Instituto de Física da UFRJ e doutora pela Universidade de Nottingham, comparou o trabalho de astrônomos ao de arqueólogos tradicionais: ambos investigam vestígios do passado, mas no espaço as “escavações” são feitas com imagens de telescópios e espectroscopia. As fotografias ajudam a classificar formas, posições e interações dos corpos celestes, enquanto a espectroscopia decompõe a luz emitida por cada objeto, revelando velocidade e composição química.

Essas análises permitem identificar três grandes populações estelares. As estrelas de população III, formadas nos primeiros milhões de anos do Universo, são pobres em metais e de vida curta, mas essenciais porque guardam a “memória” do cosmos primitivo. Quando colapsam, seu material dá origem às estrelas de população II, mais ricas em metais e capazes de fundir elementos até o ferro. Dessas explosões surgem as estrelas de população I, como o Sol, fundamentais para o nascimento de planetas e sistemas estelares.

Para compreender escalas ainda maiores, pesquisadores observam aglomerados globulares, constituídos por milhares de estrelas formadas simultaneamente há cerca de 10 bilhões de anos. “São relógios cósmicos que indicam a idade do Universo”, salientou a cientista. A morfologia das galáxias também preserva registros de fusões antigas; cada união deixa marcas nas populações estelares que as compõem.

Segundo Cortesi, simulações computacionais servem de laboratório virtual para comparar teorias com dados observacionais. Modelos numéricos sofisticados, potencializados por inteligência artificial e processadores de última geração, recriam a ação da gravidade e a dinâmica entre gás, estrelas e poeira.

Observatórios modernos ampliam esse campo de estudo. O telescópio espacial James Webb examina galáxias distantes, enquanto o Observatório Vera C. Rubin, no Chile, iniciará um levantamento inédito do céu noturno, registrando milhões de objetos celestes com a maior câmera digital do mundo. O avanço tecnológico, aponta Cortesi, abre “anos muito interessantes do ponto de vista astronômico”.

Mais detalhes sobre classificações estelares podem ser encontrados na agência espacial americana NASA, que reúne dados de missões recentes sobre a formação do Universo.

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Crédito da imagem: Arquivo pessoal

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