American Eagle: BofA diz que hype com Sydney Sweeney é curto

American Eagle: BofA diz que hype com Sydney Sweeney é curto

American Eagle: BofA diz que hype com Sydney Sweeney é curto

American Eagle: BofA diz que hype com Sydney Sweeney é curto A rede varejista viu suas ações dispararem quase 20% após um comercial estrelado pela atriz, mas o Bank of America avaliou que o impulso não encontra respaldo nos fundamentos da companhia.

American Eagle: BofA diz que hype com Sydney Sweeney é curto

O Bank of America (BofA) rebaixou a recomendação para as ações da American Eagle Outfitters de “neutra” para “underperform” e reduziu o preço-alvo de US$ 11 para US$ 10, indicando potencial recuo de até 20% em relação ao último fechamento. No relatório enviado a clientes, os analistas afirmam que a valorização de quase 20% registrada em um único pregão, puxada pela campanha com Sydney Sweeney, é “passageira e desconectada dos fundamentos”.

Segundo o banco, pressões de novas tarifas sobre importados, custos crescentes de produção e o caráter cíclico do consumo de moda devem continuar comprimindo margens. O BofA cortou em 8% a projeção de lucro por ação para 2025 e em 30% a estimativa para 2026, reforçando o pessimismo de longo prazo.

Lançado no fim de julho, o vídeo publicitário mostra a atriz de “Euphoria” enaltecendo os “great jeans” da marca, trocadilho interpretado por parte do público como referência a “great genes”. A polêmica, acusada de flertar com eugenia, gerou forte repercussão nas redes e colocou a varejista sob holofotes. A empresa negou qualquer mensagem subliminar.

Mesmo assim, as ações recuaram pouco após a euforia inicial: fecharam a segunda-feira, 25 de agosto, cotadas a US$ 12,50 na Nyse, queda de 2,72% no dia e desvalorização acumulada de 25% em 2025. Para o BofA, o desempenho reflete a fragilidade estrutural do negócio, não o humor momentâneo do mercado.

Fontes próximas à campanha afirmam que a American Eagle utilizou inteligência artificial e dados sintéticos para prever a reação do público, calibrando o teor negativo em 42% — porcentual considerado ideal para gerar discussão sem dano permanente à marca. A mesma estratégia teria sido replicada, em seguida, por outras empresas de varejo e alimentação rápida.

Apesar da sofisticação da estratégia digital, o banco conclui que o “buzz” não deve se traduzir em crescimento sustentável de receita. “Não atribuímos grande probabilidade de o impulso desta campanha influenciar totalmente os negócios a longo prazo”, resume o relatório.

Para saber como outras companhias estão reagindo a mudanças no mercado, acompanhe a cobertura completa em nossa editoria de Economia e Negócios.

Crédito da imagem: American Eagle/Divulgação

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