Ações da JHSF disparam com veículo de R$ 4,6 bi

Ações da JHSF disparam com veículo de R$ 4,6 bi

Ações da JHSF iniciaram a quarta-feira, 17 de setembro, em forte alta e encerraram o pregão com valorização de 8,27%, cotadas a R$ 6,02, depois que a companhia divulgou a criação de um veículo de investimento de R$ 4,6 bilhões para compra e venda de estoques, lotes e projetos imobiliários do próprio grupo.

O mecanismo, garantido por investidores nacionais, internacionais e bancos, permitirá que a incorporadora reduza alavancagem, libere capital do balanço e acelere a execução de seu portfólio, avaliado em R$ 4,02 bilhões de valor de mercado após o rali de hoje.

Ações da JHSF disparam com veículo de R$ 4,6 bi

O pacote de ativos transferido ao novo veículo inclui empreendimentos em diferentes estágios de desenvolvimento, como Boa Vista Estates, Boa Vista Village, Reserva Cidade Jardim, São Paulo Surf Club Residences (fase 1) e Fazenda Santa Helena (fase 1). Segundo fato relevante, a estrutura nasce com garantia firme, o que amplia a capacidade de financiamento sem pressionar o balanço.

Em relatório a clientes, o Santander classificou o anúncio como positivo, destacando que os projetos contemplados representam cerca de 120% do valor de mercado atual da JHSF. O banco avalia que a iniciativa “desbloqueia valor” e contribui para a desalavancagem da companhia. Ainda assim, mantém recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 4,20, citando custo estimado de R$ 1,8 bilhão para entrega das obras, conforme dados do segundo trimestre de 2025.

O Bradesco BBI foi mais otimista: reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10, ressaltando que a segregação entre ativos de renda recorrente e projetos de desenvolvimento tende a dar maior transparência ao mercado. Para os analistas, a nova estrutura cria um modelo de capital “mais dinâmico e eficiente”.

Dados da B3 indicam que o volume negociado com JHSF superou a média mensal, refletindo o aumento do interesse de investidores após o anúncio.

Em síntese, a JHSF aposta no veículo de R$ 4,6 bilhões para crescer preservando caixa e reduzindo a dívida, movimento que, ao menos no curto prazo, agradou ao mercado.

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Crédito da imagem: Divulgação/JHSF

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