Aço verde: alemã GMH Gruppe lidera rotulagem sustentável
Aço verde: alemã GMH Gruppe lidera rotulagem sustentável
Aço verde: alemã GMH Gruppe lidera rotulagem sustentável é o conceito que a siderúrgica de Georgsmarienhütte, na Alemanha, transformou em vantagem competitiva ao estampar o selo “sustentável” em suas barras de aço e conquistar compradores dispostos a pagar mais por menor pegada de carbono.
Aço verde: alemã GMH Gruppe lidera rotulagem sustentável
A GMH Gruppe foi pioneira na Europa ao lançar, em 2016, a linha Green Power Premium, produzida com 100% de eletricidade de fontes renováveis ou carvão vegetal certificado, o que garante emissão zero de CO₂ durante a fusão do metal. Segundo a diretora brasileira de Sustentabilidade e Comunicação da companhia, Luciana Finazzi, o produto custa cerca de 5% acima do valor de mercado, mas cria diferenciação em cadeias que buscam neutralidade climática.
O processo combina economia circular e tecnologia de forno elétrico. Sucata de clientes como a Volkswagen é recolhida, separada e derretida, gerando novas barras de aço. Com isso, a empresa reduz a dependência de minério de ferro — etapa que responde por uma fatia relevante das emissões da siderurgia, setor que ainda representa entre 7% e 11% do CO₂ global, segundo a Agência Internacional de Energia.
Embora o rótulo “verde” ainda não garanta benefícios tarifários; nos Estados Unidos, por exemplo, o aço ecológico é taxado da mesma forma que o convencional, a GMH aposta na demanda futura. A meta europeia impõe que montadoras alcancem carbono neutro até 2050, estimulando a busca por materiais de baixo impacto.
No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente lançou, também em 2016, o projeto Siderurgia Sustentável para reduzir o uso de carvão mineral nos altos-fornos. Companhias como ArcelorMittal, Gerdau, Sinobras, Aperam, AVB e Vallourec já utilizam sucata ou carvão vegetal. Contudo, apenas a AVB — Aço Verde do Brasil — e a Aperam empregam ativamente a expressão “aço verde” em suas estratégias de mercado.

Imagem: Internet
Especialistas avaliam que a adoção do selo sustentável pode agregar valor, mas exige comprovação de origem da energia e rastreio da sucata. Enquanto isso, iniciativas como a da GMH mostram que a diferenciação ambiental já se converte em receita adicional e abre portas em mercados regulados.
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Crédito da imagem: GMH Gruppe/Divulgação