Reino Unido apoia acesso de imprensa estrangeira a Gaza

Reino Unido apoia acesso de imprensa estrangeira a Gaza

Reino Unido apoia acesso de imprensa estrangeira a Gaza

Acesso de imprensa estrangeira a Gaza volta ao centro do debate internacional após o Reino Unido aderir a um grupo de 27 países que exigem que Israel libere imediatamente a entrada de repórteres independentes no território.

Coalizão internacional pressiona Israel

O pedido foi formalizado em declaração da Media Freedom Coalition, aliança intergovernamental dedicada à proteção de jornalistas. Além do Reino Unido, França, Alemanha, Austrália e Japão assinam o texto, que condena ataques contra profissionais da mídia e afirma que “o direcionamento deliberado de jornalistas é inaceitável”.

A nota cita a “catástrofe humanitária em curso” e ressalta que tentativas de bloquear o trabalho da imprensa violam princípios de liberdade de expressão. Desde outubro de 2023, Israel proíbe a entrada independente de correspondentes estrangeiros na Faixa de Gaza; visitas esporádicas ocorrem apenas sob escolta e supervisão das Forças de Defesa de Israel (IDF).

Conflito já é o mais letal para a categoria

Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), ao menos 192 profissionais — em sua maioria palestinos — morreram desde o início da guerra, tornando o confronto o mais mortal já registrado para a imprensa. O caso mais recente ocorreu no começo do mês, quando quatro repórteres da Al Jazeera e dois freelancers foram mortos em ataque israelense nas proximidades do hospital al-Shifa.

A IDF alegou que o jornalista Anas al-Sharif lideraria “uma célula terrorista do Hamas”, mas não apresentou provas; o CPJ e a Al Jazeera rejeitam a acusação. A declaração endossada pelo Reino Unido exige investigações e responsabilização judicial por cada agressão.

Fome e censura dificultam cobertura

Com a proibição de entrada de correspondentes estrangeiros, repórteres locais assumem a cobertura, enfrentando não só bombardeios, mas também escassez de alimentos. Em abril, BBC, Reuters, AP e AFP divulgaram comunicado expressando “profunda preocupação” com o risco de fome entre seus colaboradores na região.

Organizações humanitárias relatam que a quantidade de mantimentos liberada por Israel entre março e julho ficou abaixo do mínimo indicado pelo Programa Mundial de Alimentos. Enquanto isso, a Suprema Corte israelense manteve a restrição de acesso, acatando argumentos de segurança do governo.

Reino Unido apoia acesso de imprensa estrangeira a Gaza - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

A Media Freedom Coalition sustenta que transparência é essencial, especialmente quando o governo israelense planeja novas ofensivas terrestres em Gaza após o colapso das negociações de cessar-fogo e libertação de reféns.

Ao somar sua voz a esse apelo, Londres reforça a pressão diplomática para que a cobertura internacional seja retomada e para que ataques contra jornalistas sejam devidamente investigados e punidos.

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Crédito da imagem: EPA

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